27 dezembro 2015

Aux enfants de la patrie, le jour de foire est arrivé!


A par da Récita em que a Ordem Profética voltou a estar presente, desta vez celebrada no dia 6 de Dezembro no PEB, em que os valores do Primeiro de Dezembro foram proclamados, e onde também se matou saudades de ver a Papisa em palco (pode-se ver já por aqui que claramente tudo anda muito mal), a Frente Nacional (doravante mencionada como FN) ganhou a primeira volta das eleições regionais em França, tornando-se assim no "1º partido de França", com percentagens a rondar quase os 30%. Ainda assim, na segunda volta perderam essa maioria, devido a um gangbang por parte dos partidos de esquerda da França (e certos partidos do centro direito), tal como o Tó Costa fez por nossas terras lusitanas, mas com menos lubrificante ainda. A FN, liderado por Marine Le Pen, sucessora do irrequieto (para alguns, insurrecto) Jean-Marie Le Pen, é apontada comummente como a próxima líder da França. Ora, não é que eu seja contra o empoderamento feminino na política, mas fico bastante intrigado com as expectativas deixadas nesta possível voz da nação que é a Le Pen. Exponho então as minhas inquietudes:

1. Defender uma política de extrema direita num país com uma quantidade enormíssima de imigrantes (alguns já de 2º e 3º geração e de nacionalidade registada francesa), originários de países magrebinos e de tradição religiosa muçulmana? Tem tudo para correr bem. 


2. Possível panorama geral europeu: uma Alemanha com uma Merkle, uma França com uma Le Pen, um Portugal com um manso socialista apoiado por uma Martins... Está óptimo pra nós. Agora em vez de sermos mandados por uma senhora, somos mandados por duas que vão ter ciúmes uma da outra, vão ficar zangadas e sem se falar durante uns tempos, podendo eventualmente até removerem-se mutuamente das suas redes sociais e falar mal aos amigos em comum. Se, por sinal, ganhar a Hillary Clinton nos EUA, acho que os congressos do G7 vão mesmo transformar-se num chá das cinco: 3 mulheres para 4 homens. Está visto quem vai lavar a loiça no fim do meeting.

Brincadeiras à parte (a visão profética permite encontrar humor onde este não pode ser observado pelo olhar comum), passados 101 anos do início da Primeira Guerra Mundial e 76 anos do início da Segunda, conseguimos ver um padrão aqui. Não é porque estamos todos, mais ou menos, sob medidas austeras (o que implica que se calhar em vez de comprarmos o iPhone 6s como tanto queriamos, teremos de nos contentar com o iPhone 6) que isso implique que é hora de revolução e extremismo. Não é por "infieis muçulmanos" atacarem a nossa preciosa Europa, que seja tempo de voltar a segregar "raças" e vestir a swastika com o nosso melhor fato da Hugo Boss (fun fact: Hugo Boss era o alfaiate do Reich - props paras meninas de DMM por nos cultivarem com estas curiosidades, enquanto nos servem o pequeno-almoço). Percebam que se fez um longo caminho, em todo o mundo, nos últimos cem anos, caminho esse que parece estar a regredir ou a fechar o círculo. É importante cuidar do que é nosso, mas é importante não destruir o que é dos outros, para não termos de nos preocupar com forasteiros que se venham vingar fazendo-nos o mesmo. Compreendam que também não será com #jesuischarlie e #prayforSítiosTurísticosBonitos que as questões humanitárias importantes ficarão resolvidas.

A solução, caros seguidores, é lutar constantemente, todos os dias, por soluções duradouras e não ceder ao extremismo quando em momentos de crise. O empoderamento político, tanto para mulheres como para homens, só é legitimo graças à voz do povo, essa voz que deveria ser empregue em questões que nos envolvem a todos e não somente nas bancadas das claques de futebol - também nas bancadas parlamentares é importante que se expresse. Rebarbarem-se nas redes sociais do que está mal ou é injusto, é  sem dúvida bonito (como fazer um auto-exame rectal),  mas aquilo de que se queixam fez-se com responsabilidade daqueles ganharam eleições, nas quais muitos de vocês não se quiseram então expressar. Os 85% de abstenção numas eleições ganhas por um "governo" liderado por um Malcaíde, num exemplo local, é algo bastante insignificante no panorama nacional. No entanto, se nem são capazes de dispensar cinco minutos da vossa vida por vocês, enquanto estudantes, então não critiquem quando forem sodomizados à bruta porque não quiseram sair de casa para votar em eleições legislativas. Não precisarão de um exame rectal para saber o que aconteceu então.


#listaO
#ProphetischeBestelleMachtFrei
#AuxArmesCitoyens

24 dezembro 2015

O Natal dos Shoppings

Este ano propomos que, ao invés do Natal dos Hospitais, que já nem o Jorge Pina pode ver e em que todos os anos nos assombram com adultos e crianças doentes, se realize o Natal dos Shoppings. Não víamos doentes em sofrimento, que faz mal à vista, e bastava levar o Coro Infantil de Santo Amaro de Oeiras para garantir a presença do Herman e do Carlos Cus.

Ia ajudar e muito, não os doentes que necessitam de cuidados especializados no dia-a-dia e de não serem sujeitos ao apelo à pseudo-solidariedade por umas horas, mas os lojistas, pois afinal é a altura mais aguardada do ano, em que atingem o pico de vendas e podem fazer à vontade a promoção de um vestido de 100€ pelo dobro do preço com 50% de desconto, uma verdadeira pechincha!

São promoções e compras que elevam o Espírito, não o Natalício, mas o Capitalista que se apoderou do Natal e o arrumou a uma valeta como uma quarta-feira académica arruma um estudante e o deixa num farrapo.


O Natal já não é o mesmo, longe vão os tempos em que sobrinhos e tios se emborrachavam juntos como se a dignidade estivesse em jogo, em que se ouvia a célebre frase: “no meu tempo é que era”. Começávamos de manhã com um Porto ou bagaço, passávamos para o tinto e só acordávamos na passagem de ano à porta do El Pinador. Bons tempos!

Qual brinde no bolo-rei qual quê, nesta altura ouviam-se as grandes pérolas tiradas a saca-rolhas (um abraço para o Seabra) sempre que se abria mais uma garrafa, os agora mestres Jedi da sapiência eram capazes de desmitificar o sentido da vida, resolver os grandes flagelos mundiais e, com um bocado de sorte pelo meio dos brindes, encontrar a Maddie.

E assim se resume o Natal dos abençoados de muitas famílias Nortenhas. Já no género feminino, o que parece ser uma simples reunião de puérperas a fabricar os mais requintados ou básicos doces torna-se no mais complexo concurso de culinária, sendo que no topo deste campeonato estão as pasteleiras que por um dia fazem de tudo para levar o prémio de melhor doceira para casa e exibem-se no alto do trono acariciando o ingrediente secreto, desejando a todas inimigas vida longa.


Já das crianças ninguém quer saber a não ser o padre lá da aldeia. Há as que acreditam no Pai Natal, as que não acreditam e as que ficaram a saber que não existe pelo tio bêbedo e choram a noite toda. Também temos o adolescente, que agora se insere neste grupo e que tenta fazer a folha à prima, uma vez que com a tia só pode sonhar.

O Natal também é feito de prendas antecipadas: ainda não chegamos ao dia de abrir as prendas mas já há quem as tenha no sapatinho. O Rei Tó tem uma fundação para jogar ao monopólio, o Malcaide a.k.a Olivia Palito tem uma associação para brincar as bonecas, a ECUM tem um puzzle de um laboratório mas sem as peças todas e, nós todos, os estudantes, vamos receber um belo par de meias que nós dará jeito para ter os pés quentinhos nas filas do centro de emprego ou no terminal do Aeroporto.

A todos vós, desejamos um Bom Natal e quem sabe vemo-nos no Bananeiro. Lembrem-se: já dizia o Mesquinho, o Bananeiro é para beber Moscatel. Contudo, tenham muito cuidado com aqueles que vos lançam um olhar enquanto engolem a banana.

22 dezembro 2015

A Filha da Putisse Profética

Na última quarta-feira houve festa. Drama, horror, berimbau e açafrão são tudo palavras que vêm no dicionário mas, agora que a poeira assentou, que o Estado já voltou ao bolso dos portugueses, que o novo governo perdeu a maioria, que a celulite está na vanguarda da fotogenia e que ir à falência é sair de bolsos cheios, nós, imbuídos pelo espírito natalício, partilhamos convosco mais uma história de alguém que na primeira pessoa vos conta que ser filho da pu#@ não é o mesmo que filha da putisse, pois, nas palavras de Profeta: nunca voltes ao sitio onde foste feliz, a não ser que esse sitio seja a Cairense.

Hoje, por fim, depois de tantas lágrimas e um coração moído, estrangulado e arrastado pela lama, deixo o meu testemunho. A outra cara do dito Profeta, ou melhor, a cara do Profeta na manhã seguinte à "festa". 
Estando aqui há apenas uns meses, as minhas doutoras foram passando-me alguns ensinamentos que acharam úteis, ensinamentos que eu como caloira me esforço em desobedecer. Uma dessas lições que ouvi mas não respeitei foi a que me levou a escrever para o blogue. Palavras que desde então parecem ecoar na minha cabeça uma e outra vez, cada vez com mais sentido: “tem cuidado com os de roxo, não te aproximes deles, não lhe dês conversa…”. 
Mas a verdade é que eles são loucos e a loucura parece atrair. Eu estava a respeitar o que me fora dito, mas por outro lado as minhas doutoras iam deixando a cara de nojo (que lhes é habitual) e iam começando a soltar-se e a derreter-se, quebrando todas as barreiras que elas tinham levantado. Após alguns copos diminutos de veneno o que antes eram muros agora eram pontes, tudo eram risinhos e encantos o que me levou a pensar “olha estas putas não nos querem a falar com eles mas elas vão todas contentes”. 
Ora, já dizia a minha querida avó que o fruto proibido é o mais apetecido. Passei discretamente pelo meio delas como quem vai pedir ao balcão mais uma dose de elixir bocal e comecei a falar com um. Parecia engraçado, estranho, muito estranho mas engraçado. Chamei as minhas amigas e tiramos juntos uma foto (sim, porque não ia tirar sozinha uma foto com um estranho de roxo, até porque as minhas doutoras matavam-me!). Pensei para mim “está tudo controlado”, mas não estava. O “estranho” chama um amigo, talvez ainda mais estranho mas com um charme como nunca senti, parecia ter uma aura que o fazia brilhar mais que todos os outros. Olhou para mim sorriu e disse: “sabes porque nos chamam profetas?”. Eu, intrigada, respondi que não, ao que ele respondeu tirando os óculos de sol “sabes em que cama vou dormir hoje? Na TUA!”. Eu ri, achei até piada ao atrevimento dele mas afirmei veemente que não seria possível, que não estava interessada, ele riu e foi-se embora. 
Foi a minha primeira mentira da noite, ele tinha razão e ambos sabíamos disso. 
Depois já podem calcular o que aconteceu, procurei por ele a noite toda com o olhar como uma mosquito procura a luz, ele parecia não querer mais saber de mim. Obriguei as minhas amigas a aproximarem-se do grupo dos roxos e a falarem com ele. ERRO COLOSSAL!! Fiquei sem amigas, até as que diziam ter namorado deixaram de ter repentinamente e por uma noite eram livres. Estavam rodeadas por braços proféticos, por indivíduos estranhos e estupidamente bêbados. A verdade é que as invejei, queria estar como elas. Fiquei a olhar de fora e, como truque de magia, ele estava a fazer o mesmo, a observar os amigos dele com um sorriso no rosto enquanto mordia uma palhinha, sempre sem olhar para mim. 
Em jeito de sedução, livrando-me de todas as amarras, comecei a dançar diante dele, da forma que pensara ser mais sensual, e pronto a coisa deu-se. Ele encostou o corpo dele ao meu e um arrepio contínuo correu o meu corpo nesse momento pensei para mim “cumpra-se a profecia”. 
Tudo parecia ser magia, tudo parecia um mar de rosas, música celestial para os meus ouvidos, mas não era. No dia seguinte despediu-se de mim com um beijo seco, livre de paixão ou sentimento e senti-me como um objecto. Um brinquedo inerte nas mãos de alguém. Eu queria mais, queria repetir e sentir-me tua outra vez... Mas nunca mais deixaste. 
“Foi bom em quanto durou”?? Foi, muito bom até. Mas não deves dar tudo de ti se não pensares em voltar onde fomos tão felizes. Já que não me respondes às mensagens como deve ser espero que por aqui eu me consiga fazer ouvir e consiga chegar ao teu coração. 
O sonho, seja ele bom ou mau leva sempre a um acordar, menos para aquelas pessoas que acordam mortas. Sei que parece estranho, mas esta frase que tanto me fez rir no passado hoje cai em mim com um balde de água fria. Para ser sincera cada despertar sem ti, é mais uma manhã que acordo morta por dentro.

19 dezembro 2015

15 tipos de peitos femininos para ficares a conhecer.

Um mito que existe um pouco por todo o mundo, repetido imensas vezes por alturas do Natal, é de que o amor é universal. Que parvoíce, nada poderia estar mais errado. O que é universal, como todos deveriam saber, são as mamas. Garantimos que no dia em que forem descobertas espécies alienígenas, estas também vão possuir nos seus corpos uma região mamária. Confia em nós, somos Profetas. Umas mamas ao léu provocam o mesmo tipo de emoções em homens norte-americanos e chineses. A apalpação de uns belos tetos é capaz de trazer felicidade ao mais desgraçado dos mortais. Um Profeta, já foi dito, aprecia a variedade e não desperdiça a oportunidade de sentir e saber mais. Um Profeta é o herói Prometeu: sempre em busca do fogo do conhecimento (e da paixão). Estabelecemos também desde já uma verdade: todos os peitos femininos são bons peitos (isto é, até deixarem de o ser). Não discriminamos. Em mais um texto da rubrica “O Profeta Explica”, hoje abordamos os diferentes tipos de mamas que existem, todas elas dignas de se colarem autocolantes.


#1. Assimétricas. O corpo humano é, todo ele, composto de assimetria. Com maior ou menor diferença, é uma facto científico que os nossos "lados" não são iguais. Acontece que no que toca a mamas não é diferente. Não é motivo para vergonha. Um Profeta sabe apreciar todos os "defeitos". Escrevemos defeitos entre aspas porque não são defeitos e porque, comparado com o que em certas alturas temos de aturar para podermos apalpar umas mamas, não é realmente nada.

#2. Olhões. São mamas que representam um episódio pré-histórico da Terra: o impacto de um meteorito que alterou drasticamente a atmosfera do planeta e que deixou uma cratera por imensos anos. Ora, esta comparação serve para explicar a dimensão de que falamos quando falamos da mancha circular que são os mamilos grandes numa superfície também curvilínea. Às vezes, são mesmo enormes. E escuros. E têm pêlos. Nhec.

#3. Joelheiras. Como diz o nome, são mamas que protegem os joelhos, por se encontrarem tão flácidas e penduradas que, em caso de queda, é bastante provável a dona destas mamas queixar-se do peito. Como em tudo na Natureza, existe uma explicação: as portadoras destes seios são muitas vezes senhoras de idade (as nossas queridas avós) que, tendo problemas de mobilidade, estão sujeitas a cair. Um bom par de mamas flácidas pode amenizar os danos das quedas, sofrendo o tecido mamário o impacto que poderia fracturar um ou dois joelhos. Sendo este tipo de seios muito comum a partir de uma certa idade, após anos a contrariar a gravidade acabam por perder a batalha, e é observável o bater de mamas nos joelhos enquanto as donas caminham. No caso de conheceres alguma jovem peituda que desprezas, regozija-te ao pensar que, pouco a pouco, ela se irá transformar numa senhora com um par destas, como poderás observar por ti mesmo/a, se entretanto não tiveres um enfarte e não morreres num ataque terrorista.

#4. Amuadas. Cada uma no seu canto. A distância que as separa parece indicar que nenhum genital a passar entre elas vai sentir o seu contacto. Cada uma está muito ocupada a viver a sua vidinha. Que "mamocêntricas"!

#5. Estrábicas. As mamas-camaleão, cujos mamilos apontam em sentidos diferentes e podem confundir o homem comum. Diria a Maya, se tratasse as mamas da mesma forma que trata os signos do zodíaco, que estas revelam uma personalidade indecisa.

#6. Tábua de engomar. Quando não há mamas, não há brincadeira. As portadoras destas "mamas", ou melhor, desta ausência peitoral, terão mais dificuldades no seu percurso, estando sujeitas a estudar mais para tirar boas notas e a serem escolhidas para cargos profissionais apenas pelo seu, imagine-se, mérito! A favor destas mulheres "fanadas", é de realçar que, mais vezes do que as que não, são mulheres magras e elegantes. Nem tudo está perdido! Estas mulheres poderão até ter um atributo posterior notável, cuja vantagem é que a qualidade não é exclusivamente definida pelos genes e pode ser treinada. Hoje falamos de mamas, mas em breve poderemos ensinar-vos acerca dos belos traseiros.

#7. Anãs. São mamas que satisfazem. Só. Não são o pináculo da anatomia humana e da atracção sexual, mas não deixam de ser mamas. Há quem as ache mais atraentes assim pequenas. É tudo uma questão de gostos... E de mamas.

#8. Médias e consistentes. Este tipo de mamas é excelentes, o ideal para muitos homens. São mamas que permitem um manuseamento considerável e, quando cobertas, já criam relevo e possibilitam a existência de um decote. Seios de tamanho médio normalmente pertencem a mulheres em forma e são mamas a favor de um equilíbrio sustentável. Não poderia haver mamas mais actuais!

#9. XXL. São mamas falsamente grandes. Ou melhor, são de grande porte, mas tal se deve pela mesma razão que as donas destas mamas vestem roupas de tamanho XXL. São gordas. Cheiinhas, vá. Estes peitos acumulam gordura que, tornando-os maiores, não é consistente o suficiente para manter as mamas no sítio. São úteis para fotos do Facebook, pois normalmente quando sustidas por um sutiã, parecem mais gostosas e, se a dona não tiver uma cara que denuncie a sua fisionomia, permite-lhe tirar fotos de meio tronco para cima, evidenciando um decote e enganando frequentemente o ingénuo freguês que ao apreciá-las que não compreende que a voluptuosidade de tais apêndices se deve a motivos menos apelativos. São ideais para atletas de natação de alta competição, que conseguem ser abafados por um par destes durante longos minutos sem esticar o pernil entretanto (e não nos referimos ao pernil nº3). No entanto, as suas características em nada impedem de serem usadas com entusiasmo, spanish style!

#10. De ouro. Estes seios grandes e firmes levam os homens à loucura! Amizades se desfizeram, traições aconteceram, reinos acabaram por causa delas. São mamas que falam ao interior de todos os homens. Um homem, em geral, procura por mamas destas toda a vida e sente-se atraído por elas como marinheiros pelo canto das sereias. A portadora de uma prateleira* tem um grande poder sobre a imaginação masculina, especialmente se também tiver uma cara bonita. E com um grande poder… Vem uma grande responsabilidade. Conselho para os homens: aprendam a fazer massagens, porque quem ganhar o jackpot vai ter de compensar estas mulheres aliviando-lhes as dores de costas que de certeza possuem!
*Termo possível para “seios de mulher quando muito desenvolvidos”, de acordo com o Dicionário da Língua Portuguesa (1994), da Porto Editora.



#11. Falsas. Não precisamos de explicar. Um Profeta não julga, pois mamas são mamas. Se são boas as mamas naturais que tremem ao mais leve toque, também são boas as mamas enchidas com silicone que se distinguem pela sua firmeza. Todas nos aprazem. Contudo, quando a cirurgia é mal executada, adquirem algumas marcas pouco apelativas ou formas que são, no mínimo, estranhas. Além disso, ficamos curiosos no caso das raparigas mais novas, pois é difícil imaginar que justificação deram aos pais para desviar dinheiro das propinas para financiar “algo grandioso” como um aumento dos peitos.

#12. Que já não estão. Ou mamas que partiram cedo de mais, porque mamas nunca devem deixar de existir. As mamas deixam de existir porque são retiradas cirurgicamente, por motivos de saúde. Nomeadamente, cancro. É algo que deixa os Profetas de lágrimas nos olhos - não as vítimas de cancro, mas o sacrifício de um belo par de mamas. Se há motivo para chorar, que seja por mamas. Por outro lado, é verdade que desde pequenos que sempre torcemos o nariz a fruta com caroço.

#13. Acusatórias. Têm aqueles mamilos que picam e são capazes de deixar arranhões. São mamas que, de certa forma, são um tributo às mães. Se, por um lado, estão optimizadas para serem sugadas pelos pequenos, também são mamas que facilmente parecem defensivas, pelo modo como apontam sem hesitação os mamilos pontiagudos para todo o lado para que viram.

#14. De grávida. São mamas gordas que parece que vão ter filhos elas mesmo. São também mamas proféticas: anunciam que em tempos vindouros, se não houver um aborto natural ou a mãe não morrer no parto, nascerá um Escolhido que poderá usufrui-las mais do que ninguém.

#15. De período. Os peitos femininos por altura do período tornam-se mais sensíveis e podem até inchar. Esta sensibilidade, ao contrário da que as suas portadoras adquirem pela mesma causa, pode ser positiva. As mamas do período, quando manuseadas com jeitinho, são um meio para atingir um fim: a mulher fica excitada mais rapidamente. Excepto se tiver um ataque de raiva e nos quiser matar, ou desatar a chorar de frustração e se fechar no quarto, ou tiver um desejo inegável, o qual significa que se vai ausentar para ir comprar gelado, o que se acontecer muitas vezes a tornará mais gorda (ver ponto 9). Nada pára a insaciedade de uma mulher.


Outras menções: as mamas-vale, que segundo a mesma análise da Maya indicariam uma personalidade conflituosa ou então que apresentaram o Disney Kids há quinze anos; as joystick, que se caracterizam por serem achatadas e muitas vezes pouco firmes, uma triste memória a melhores dias da constituição física da possuidora, quando esta ainda não perdido vinte quilos a snifar cocaína; as crentes, cujos mamilos apontam sempre para o céu; as siamesas, que devido a razões genéticas não ficaram bem separadas; as mamas-balão, aumentadas tão exageradamente através de cirurgia plástica que se pudessem usufruir dos próprios seios, as mulheres com distúrbios mentais que as possuem poderiam passar oito horas debaixo de água consumindo apenas o oxigénio contido nelas.

Referimos em textos anteriores que apreciamos as mulheres que não se expõem totalmente e deixam lugar à imaginação. Contudo, os Profetas sabem dos problemas que muitas mulheres têm com os sutiãs e o alívio que é quando os tiram ao chegar a casa. Portanto, se preferirem andar sem sutiã por baixo da roupa, é uma medida que acolhemos com bom grado. Claro que, assim sendo, não testemunharão a telecinética dos Profetas, que usamos para que os sutiãs se desapertem sozinhos. Decisões, decisões!

16 dezembro 2015

Jingle Balls - Cheira a Natal!


O frio chegou. E com ele, hibernam animais como esquilos ou morcegos, com o intuito de poupar energia. Mas o mesmo não acontece com outros seres. São disso exemplo as carnes geralmente expostas em talhos famosos, como o Keiminimo. Estas, conhecidas internacionalmente pela sua predisposição enérgica, são imunes às baixas temperaturas e preferem dispender a sua energia em actividades lúdicas como a participação em rodízios em restaurantes brasileiros. Mas não vamos falar de carnes.

Nesta altura do ano avizinha-se o Natal. Esta é uma época festiva que pode ser caracterizada pelo adereço que mais a identifica: o pinheiro natalício. É uma época em que, tal como no pinheiro, temos uma quantidade enorme de bolas e aderecos espalhafatosos que teimam em prender-se ao ramo da árvore. Falo do número elevado de testes e apresentações que, por muito que uma pessoa tente, teimam invariavelmente para resultados semelhantes à ação da resultante gravítica nas bolas do pinheiro. Situadas, na escala, o mais baixo possível (sendo que nem as bolas passam do chão, nem as notas do 0). Temos também um elevado número de luzes natalícias, a piscar intermitentemente , em busca de atenção. Por esta data entramos numa competição de pinheiros, onde o que brilha mais é o melhor. O mesmo acontece em todas as cidades, em que os milhares gastos em estruturas e eletricidade poderiam ter melhor proveito...como a elaboração de uma récita decente.

Por último, e não menos importante, a estrela bem lá no topo. Este é sem dúvida o elemento mais nobre. O elemento que ilumina o caminho, preservando a sua altivez. Nos dias que correm este elemento tem apenas uma comparação.... As festas de Natal da OPUM DEI. Festas elaboradas para proporcionar uma visão iluminada do mundo, entre doses moderadas* de crítica e diversão.  E porque um pinheiro sem estrela não é um pinheiro de natal, é impensável não estar presente hoje à noite, quando o relógio der as onze badaladas, no Grau ZeroH.

Saudações proféticas,
O teu Pai Natal

*moderadas: selvagens; desproporcionais; adequadas.

13 dezembro 2015

Análise Profética do Apocalipse

Neste mundo tão efémero, sortudo é aquele que consegue alcançar a felicidade em momentos do seu percurso, os quais não surgem todos os dias. Este sentimento, que pode ser proporcionado por pessoas, coisas ou acontecimentos, é das melhores coisas que se pode ter na vida e, enquanto Profetas, nós vivemo-lo nas nossas aparições. Poderiam, se soubessem, tão bem invejar-nos por sermos fisicamente bem abençoados ou pelo nosso estilo inconfundível, como pela imensidade de emoções que a Luz Profética nos proporciona. Hoje não vamos falar de "estrabichar pipis", algo que facilmente acontece numa quarta-feira à noite. Hoje falaremos da Récita, da Ordem Profética e de vocês, os estudantes.


Este ano celebrou-se o Primeiro de Dezembro no dia 6. Passassem mais dois dias e ficaria na dúvida se não teríamos actuado em honra da Imaculada Conceição. Neste 1º de Dezembro, imaculada foi a actuação da Ordem Profética, que manteve a sua essência de alegrar e hostilizar - de resto, a Associação mudou o dia por questões de "logística" e o local passou do Theatro Circo para o Parque de Exposições, em que a qualidade de som é muito pior, o palco é muito mais pequeno e, como se não bastasse, o festival começou ao início da tarde, num domingo. Naturalmente, esteve muito menos público do que nos anos anteriores. Em contrapartida, a plateia era de 1200 lugares, bastante maior que a do Theatro Circo, que tem cerca de 900 - tal seria bom porque permitiria à Associação baixar o preço dos bilhetes, o que não aconteceu. Claramente, para a Associação não estão reunidas as condições necessárias para facilitar a adesão a este festival.

Tudo isto foi um desrespeito para com todos os grupos culturais da UM que se esforçaram por proporcionar bons momentos aos estudantes que lá foram e que actuam de graça. Deram-nos, isso sim, uma porcaria de jantar como quem recompensa quem não merece, e nem a finos os Profetas tiveram direito. Finos que também não bebemos no B.A., pois ironicamente o "Bar Académico" encontrava-se, em dia de festival académico, fechado. Salvou-nos a Cairense…


A AAUM pode ter na liderança o Parreira ou a Olivia Palito, o Cabido de Cardeais pode ter à sua frente a Prima dos Bombos ou o McKrillin, o Rei Tó pode ou não morar na reitoria, o B.A. pode até mudar de gerência todos os anos: o que não muda, desde 1991 e à parte um período conturbado em que a censura venceu, é a Ordem estar presente na Récita. A nossa presença é inalienável do que o 1º de Dezembro significa: somos o grupo que representa mais do que nós mesmos, representamos não só a cultura, não só os valores deste acontecimento histórico que celebramos, mas também somos os ÚNICOS a representar aquilo que é VOSSO, de todos os estudantes, numa academia onde pouco ou nada importa “o mexilhão”. Somos sem dúvida um grupo polémico, não o negamos - ninguém pode contudo também negar sermos aquilo que o 1º de Dezembro transmite, essa irreverência que queremos que todos os estudantes manifestem. Poder representar em palco aquilo que muita gente sente, mas não tem capacidade para o fazer ou dizer, dá-nos orgulho. Representar os heróis de 1640 dá-nos orgulho. Sim, porque nós o fazemos, não aproveitamos apenas para promover ou mostrar prémios de um outro festival qualquer.

No futuro, que sejam mais pessoas em palco a lutar por vocês e pelos outros. Numa academia que milhares de alunos frequentam (alguns dos quais matriculados com apenas um cadeira para acabar o curso) e que nos diz tanto, que nos deu tanto, porque não lutar? Porque não ter coragem e apontar o que está mal, deixar de nos coçarmos e que passem a ser aqueles que ditam as regras a coçarem-se? Porquê ir na onda, ser mais um do grupo, ser levado pela inércia? Não, nós não somos assim. Nós somos a Ordem Profética da Universidade do Minho. Num dia que nada significa e em que nada acontece, tirando festivais de tuning ou jogos de futebol, nós estivemos lá. Nós honramos quem, em 1640, lutou por nós, pela nossa independência. Nós honramos quem, em 1974, lutou por nós, pela nossa liberdade. Sim, por nós, por vocês também, para que pudéssemos discutir tudo abertamente desde política ao programa de televisão dos gordos, seja nos bombos ou naquelas tunas que só têm cardeais do mesmo café.

Ainda assim, e com todas as condicionantes, temos Récita, ou vamos tendo. Da maneira como isto anda, para o ano, havendo feriado ou não, seremos limitados a 2 minutos de actuação assistidos por meia dúzia de pessoas. Mas não importa quem manda, não deixaremos que o Primeiro de Dezembro seja relegado ao esquecimento. Porque a Récita somos nós e vocês. Porque ainda que havendo apenas meia dúzia de pessoas para nos ouvir e para acordarem, estaremos lá.

Haverá sempre Récita! Haverá sempre OPUM DEI!

(fotos: Nuno Gonçalves)

04 dezembro 2015

8 motivos para ires ao Festival da Ordem.

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. Os estudantes não têm hoje a força que já tiveram: em geral, a um estudante atribuía-se um espírito inconformista, irreverente e de uma resistência inabalável. Os estudantes costumavam sempre ser os primeiros a vir para a rua fazer valer os seus direitos e, claro está, quando algo mudava, era razão para celebrar. Assim o fizeram os estudantes de Braga já em 1640, e consta que foram dos primeiros, quando acabou o domínio filipino em Portugal e o poder voltou às mãos dos Portugueses. Todos os anos os grupos culturais da Universidade do Minho festejam a Restauração da Independência, cada vez mais desvalorizada, ao ponto de já não ser feriado nacional e, este ano, em Braga, já nem se festejar do dia 30 para o dia 1, como era tradição. Todos os anos também, a Ordem Profética faz uma actuação que provoca ansiedade geral e terror ao Reitor e à Associação e, isso, garantimos que se mantém. Poder-se-á até perguntar porque ficou este ano o 1º de Dezembro para depois das eleições académicas...


Num horário digno dos programas do João Baião (como já referimos), profetizamos que uma actuação lendária terá lugar no palco do Parque de Exposições no próximo domingo. Hoje é dia da rubrica “O Profeta Explica” e aproveitamos a oportunidade para te elucidar porque deves colocar que vais no evento do Facebook, e depois compareceres mesmo.

#1. É a celebração de um acto de heroísmo. De um tipo de heroísmo muito particular: aquele heroísmo que nem todos concordam que o seja. É pois um heroísmo polémico. O Primeiro de Dezembro não foi salvar um bebé de uma casa a arder ou resgatar um gato do topo de uma árvore. Foi um acto de derrubar uma força governativa, de reclamar para nós o que é nosso por direito, algo porventura estranho a uma nação que tem sido violada no seu sono. Celebre-se o Primeiro de Dezembro tal como os estudantes o fizeram na rua em 1640! O espírito do Primeiro de Dezembro é aquele do estudante, é uma lição de História para todos nós.

#2. É o nosso festival. Todos o sabem. Se há evento organizado pela Associação Académica que espelha o nosso espírito, é aquele que celebra os acontecimentos da Restauração da Independência. Ouve-nos, testemunha a nossa actuação, convive connosco e, no final, vamos todos defenestrar o Rei Tó na Sé de Braga.

#3. Ainda assim, ironicamente, este evento não deixa de ser organizado pela AAUM. Nós escrevemos piadas, inventamos músicas, fazemos teatros... Incluindo sobre a Associação. Tudo para apresentarmos no festival que esses fascistas organizam, o que torna tudo mais divertido. Pelo menos nós achamos.

#4. A nossa actuação será durante a tarde. Domingo à tarde, tu a stressares porque no dia a seguinte é segunda-feira. O que fazer?! Vai à Récita. Arranja uma companhia, compra os bilhetes, senta-te e espera por nós. Podes passar as actuações todas das tunas na marmelada com o teu par, como preferires, só tens de tomar atenção quando sentires aquele ambiente de nervosismo e expectativa. Aí sim, chegou a nossa vez. Se tiveres filhos adolescentes, leva-os. Evitas a tua primeira sex talk como pai ou mãe, porque as nossas actuações são sempre muito lúdicas no aspecto político mas não só. Se tiveres uma filha com 18 anos ou mais, podes levá-la ao backstage também, nós tomamos conta dela.

#5. O after-Récita é do caralho. E, repara bem, a nossa actuação é à tarde. Significa que o nosso after será longo e cheio de folia. A nossa actuação não será circunscrita ao palco do PEB, estender-se-à para a rua para continuar a comemoração deste grande evento. Vamos tentar não ser acusados de terrorismo, se bem que por essa altura o maior atentado já terá sido concretizado, ainda em palco.

#6. O 1º de Dezembro é um evento de grande produção profética. No último mês do ano, muitas Profecias são reveladas sobre o ano seguinte. A grande concentração de Profetas permite também um maior controlo sobre essa ciência maldita que é a designação do futuro. Não prometemos que saibas se no ano de 2016 vais mais vezes ao ginásio ou se vais ter mais dinheiro para os teus gastos, mas alguma profecia há-de ser proferida entre nós quando já tivermos emborcado uma quantidade de álcool considerável. O que muitas fãs acabam por ouvir é... "Esta noite vais dormir comigo".

#7. Em Maio fazemos 25 anos. Por isso, este ano lectivo está a ser especial para nós. Temos muitos planos até ao nosso aniversário no Enterro da Gata, contem com grandes eventos ao estilo profético numa antecipação muito activa. Um dos eventos em que estamos a investir muito é, naturalmente, no nosso festival.

#8. É uma oportunidade para conviveres com os Profetas. Os membros da Ordem são vários e muitos Profetas certamente levarão uma vida que em alguns aspectos não será diferente da tua: estudam na universidade e tu cruzas-te com eles diversas vezes por semana. Outros talvez nem tanto, ou até nunca no caso de já não estudarem, mas a Ordem é mais do que cada um dos seus membros, e é enquanto colectivo que a magia acontece. Se queres conhecer os Profetas, aparece e vem ter connosco!

   

02 dezembro 2015

Retrospectiva de uma noite tendencialmente (pouco) católica

Todo o estudante minhoto sabe que a noite das iluminações (aquela que antecede a manhã de desilusões das já habituais walk of shame) é, prediletamente, a quarta-feira. Às quartas-feiras, todos os caminhos vão dar aos habituais apeadeiros, sejam eles antros elitistas da badalhoquice, boates minúsculas onde a mote é "um suadouro exaltado" ou ainda casas académicas com quase tanta idade como a Ordem, mas que de académico só tem os contactos com a AAUM, onde ambos os preços do whisky e das quotas de associado são incrivelmente pouco académicos.


No entanto, como é comummente sabido, ser profeta é ser mais alto, e ser mais alto é soltar-se das amarras fascistas impostas pelo senso comum, em que só a quarta-feira é que é passível (e perdoável) de sair. Para a Ordem, o mundo é o seu urinol, e como tal qualquer noite é potencialmente degradante.

Esta é a história de uma ilustre noite, numa lustre terça-feira à noite, onde a promessa seria de um catolicismo exasperado. Como tal, a noite começou n'O Convento, onde a palavra divina foi encontrada no fundo de uma garrafa de um bourbon de eleição. Foi no fundo dessa mesma garrafa que se perdeu a noção, onde voltaria apenas a ser encontrada algures na manhã seguinte, num real aposento (pouco católico) de uma feliz profetizada. Por este momento, é claro que esta garrafa se tornaria, por uma noite, no Santo Graal Profético. Embora este não servisse para recolher o sangue tombado de um Profeta, foi útil para manter os níveis de ácido úrico em alta (e também o libido, embora os dois não se misturassem num cocktail referido habitualmente por "tesão do mijo".)

Uma vez obtida a palavra divina, chegou a hora de profetizar, naquela que, por uma noite, seria o Jardim de Éden Profético. Por mais católica que a noite fosse (ou prometesse ser), desenganem-se aqueles que pensam que, apesar de ser uma Terça-Feira Católica, esta fosse um Mardi Gras.



Ilustremente, a palavra profética foi espalhada com sucesso, e a moral desta história é que cabe a vocês, caros ilustres, a soltarem-se das amarras fascistas. Todos os dias são dias para dar tudo. Enquanto estamos em época semestral, somos todos Livres, Leves e Soltos, mesmo quando o professor diz que têm teste no dia seguinte.

E quando avistarem uma Opa, não se esqueçam de, logo de seguida, pagar finos.

01 dezembro 2015

Amor a um membro da Ordem Profética*

Em dia de inquietude e reverência, abrimos novamente o nosso blog a quem mais gosta de nós. Obrigado a ti que tão bela prosa escreveste. Que os Profetas nunca te ofereçam menos do que aquilo que mereces.

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Muitas são as mulheres de hoje em dia que passam a sua vida insatisfeitas, descontentes, revelam uma repurgação ao amor e generalizam a palavra “porco” a todos os homens, não sendo isto verdade. Muitos são os lamentos “aii ele deixou-me para ficar com outra porca”, “aii o amor é uma merda e agora vou deixar de ser santa”, entre outros. Implorar por amor? Nunca. Deixem que aconteça.
Venho assim aqui, sentindo-me na obrigação, dar-vos uma luz, venho com este testemunho dizer-vos que por vezes não vemos porque não queremos ver. Passo a citar o estranho e entusiasmante acontecimento que mudou a minha visão sobre estes a quem chamamos Profetas.

Tudo começou no BA, era a festa da OPUM DEI, aquela festa tão aguardada, há pessoas que se preparam para ela de um ano para o outro fazendo ginásio intensivamente, onde as hormonas explodem como tantas outras coisas, onde se leva pouca roupa e se traz ainda menos e se anda a beber de corpos de outras pessoas, por estranho que pareça...Não podia faltar! Mal cheguei lembro-me da tamanha euforia com que me deparei, as meninas riam, riam, bebiam, bebiam e “os de roxo” observavam e festejavam alegremente o sucesso da tão vistosa festa. Pareciam-me todos iguais, na verdade haviam lá dois que eram mesmo iguais, mas na minha inocência nunca esperava eu que algum se destacasse, até que aconteceu.

Vi um ser aproximar-se de mim e nem tive tempo de pensar, confesso que me abordou de uma forma um pouco repentina e até bruta digamos, mas com as melhores palavras, as que naquela altura “caíram que nem uma luva” (não me lembro de todas mas sei que tusa pelo menos ouvi). Não conhecia tal figura, nunca tínhamos sequer interagido mas naquele momento pensei “como é que alguém que nunca me viu tem a lata de me dizer estas coisas?” e depois de por instantes refletir um pouco pensei “adorei” e adorei mesmo. Naquele momento tive de tirar o casaco e atar o cabelo com tamanho calor que me deu. Chegou, sorriu, foi carinhoso e charmoso, coisa que não vagueia por aí hoje em dia ao pontapé, olhava-me profundamente nos olhos de cada vez que falava para me elogiar…enfim, era o sonho de homem mas infelizmente o pior acabou por chegar. Por solidariedade feminina tive de acompanhar uma amiga a casa e deixar aquele cenário quente e de fantasia para trás. Foi ao chegar a casa que percebi “isto é amor”, enquanto deitava a cabeça na almofada pensando nele e no quanto me fez rir. E não foi preciso aquela kizomba ranhosa ou aquele roça roça facilitador para tal acontecer. A verdade é que por muito que tente fugir ou disfarçar ainda estou presa ao arrependimento do passado e ao de ter vindo embora…pois aquele meninas, nunca fez ou disse nada que me magoasse, como nós tanto nos queixamos. Aquele “chegou e disse” sem rodeios e sem canalhice, como nós gostamos por isso digo que se há homens que eu aconselho, esses homens estão na Ordem.

E quanto a ti, que serás sempre humildemente apelidado de “aquele” só te posso dizer que queria ter netos só para lhes contar que te conheci!
*Este espaço é totalmente da responsabilidade da interveniente.